i'm gonna be somebody

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

me da um medo, que medo

As vezes paro pra pensar se caímos em rotina como tantos outros, vejo pessoas sempre fazendo as mesmas coisas, dizendo as mesmas frases, dando o mesmo abraço, automático... Já chegamos a concordar que sem querer, sem perceber adquirimos a rotina em nossos dias, nossas vidas. Errado. Quando te vejo, é sempre como a primeira vez, quando te abraço é sempre como o primeiro, com saudade. Quando te beijo, é sempre o primeiro, e sempre o melhor. Tudo é único.
Construímos nossa história, desafios nos acompanham desde o início. Cada dia é uma vitória, cada minuto é maior o amor que carregamos. Cresci com você. Aprendi o que é amar da melhor maneira ao seu lado. Aprendi o que é o amor em seus olhos, seus gestos, sorriso.
Obrigada por cada momento, obrigada por me fazer tão feliz, acreditar em mim.
Eu te amo, e não há palavra suficiente para descrever tamanho sentimento que carrego comigo.

'(...) É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto (...)'
.Cazuza.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

quem diria,

Nunca imaginei que eu faria um post sobre esse assunto. Não é segredo o quanto família mexe com meus intintos mais revoltados. Mãe, essa figura que tanto critiquei, xinguei, briguei, fiz sofrer, por muito tempo procurei ficar longe, hoje eu sofro por estar longe. Foi uma escolha minha mudar de cidade novamente e por mais dificil que seja, parece que fiz a escolha certa. Criei um laço familiar com a minha mae que ja tinha esquecido como era. Já não sabia o que era saudade de querer ouvir a voz ou ao menos estar perto. Saudade da proteção, preocupação. Saudade da MINHA mãe.
Há muitas atitudes que nunca vou compreender, há muitas coisas que também nunca vou esquecer, mas se eu deixar de pensar só em mim por um minuto, vejo tanta coisa boa, tanto orgulho de ser filha dela. Sei que essas atitudes das quais procuro esquecer ela teve pensando ser o meu melhor, infelizmente o meu melhor é outro e nunca vamos nos entender, mas espero um dia conseguirmos ao menos conviver melhor com as escolhas de cada uma.
O apoio que to recebendo da minha mae em mais uma mudança é inexplicavel, o medo que criei de perde-la é tão grande. Tenho medo de ficar sozinha novamente. Vou me sentir completa o dia que sentir novamente o amor do meu pai. Sentir-se rejeitado por alguem que se orgulha é frustrante. Já estive pior e superei, só me resta ter paciencia...

sábado, 17 de julho de 2010

sing me to sleep,

Frio,chuva e problemas,essas três coisas se fundem em uma sintonia perfeita quando conseguem vir juntas.Eu tenho o dom de ter problemas independente do clima,com frio só facilita minha desculpa de não sair do quarto escuro e tomar remédios pra dormir.Hoje não há descrição pra frustração.Deixarei meu post com The Smiths.

terça-feira, 13 de julho de 2010

ei,amigo


Rivotril,Fluoxetina,Diazepam...Tenho certeza que pelo menos um deles faz parte da sua vida.Se não faz,parabéns,você é menos depressivo que muita gente em sua volta.Remédio, o melhor amigo de muita gente.Por muito tempo foi o meu,quando me fechei pra tudo eles me acompanhavam.Hoje to aqui, firme e forte,mas eles não me abandonam,ou eu que não abandono?ok,a segunda opção cabe mais a minha realidade.Ouvi de algumas pessoas que vendo o que eu passei não teriam coragem de assumir para os pais.Parabéns sociedade,você venceu mais uma vez, colocou medo em mais um. Essa mesma sociedade critica o numero absurdo de jovens depressivos, que se entopem de remedio todos os dias, agora eu pergunto, essa sociedade já procurou buscar onde começam todos esses problemas ? Não,ela só vê o resultado,o aumento gradativo de jovens hipocondriacos ou suicidas. Sem pensar muito, pelo menos 10 pessoas vieram em mente,esses 10 tomam mais remédio que a minha vó e pelo menos 4 ja tentaram se matar.Absurdo?Sim,mas é a realidade. Minha mãe prefere que eu faça terapia e tome remédio para 'enganar' nossos problemas do que ouvir que eu prefiro uma mulher. Não julgo meus pais, eles como tantos não aceitam isso, cabe a mim ter paciência e mostrar que não é o fim do mundo.É revoltante pra mim e confesso,realmente a paciência é a chave de tudo. Tenho comigo uma pessooa que me apoia e acalma quando tudo o que eu quero é sumir, acabo vendo que fugir mais uma vez não é a solução, então aguento mais um pouco, enquanto esse pouco não acaba,venham amiguinhos, vamos voltar a dormir...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

que assim seja

Hoje,1 ano após o episódio do post anterior aqui estou,em casa novamente.Meu pai começou a falar comigo há poucos dias,minha mãe continua com seus remédios pra dormir,pressão e blablabla,me culpa todos os dias pela familia fracassada que nós temos e a vergonha que eu causo à todos.Viver frustrado querendo sair de um lugar é difícil,pensar várias vezes ao dia o quanto você fracassou,as coisas que perdeu,o que desistiu, torna tudo ainda mais intenso,MAS,se você tem alguém que te ajuda no pior momento,te acalma no desespero,te fazer rir de algo que definitivamente não tem graça,é possível achar um sentido pra passar por essa situação.Eu tenho alguém assim.Também não posso deixar de falar que tenho avó,tio,tia e primos que estão sempre comigo,apoiando,e tia fodendo também!Desculpe o termo mas levei 2 minutos pra pensar em alguma expressão que compensasse tal desacato e nao encontrei algo digno.Essa tarde eu tive mais uma briga,como tantas outras de cada manhã,mas a de hoje foi diferente,parei pra pensar no quanto ainda aguento viver assim,a resposta veio rápido,eu não sei ! É constante o desespero,a vontade de sumir,a raiva de não ter uma vida estável,mas mesmo com tudo isso existe algo que me prende a essa vida 'inconstante'...meus pais.Não consigo ser egoista e sair sem olhar pra trás,mesmo não acreditando que 'o amor de um pai é maior que tudo' ainda estou aqui.Sei que esse período chegou ao fim e que se hoje acredito em alguma coisa tenho que ir atrás, conciliar os dois com as minhas escolhas é algo que não vai acontecer,mas ser feliz em algum ponto ainda tem chance,como estou hoje,não consigo em nenhum.O medo de tudo dar errado faz mal,tira o sono,a fome,mas o peso de não tentar é ainda maior.Então vamos tentar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

o começo,ou não.

Viver pensando em possibilidades não é bom,não faz bem,já havia tempo em que dormir não fazia parte da minha rotina,comer era raro,não pense que eu vivia na rua e não tinha casa,haha,meu problema era ser quem meus pais não queriam e eu sabia disso,os mais interessados é que não.Meu pai tem outros filhos além de mim,mas fui a única que teve o companheirismo,carinho...O que um pai pode oferecer eu tive.Minha mãe teve um filho mas esse nasceu com muitos problemas e morreu antes mesmo de completar 2 anos de idade.Fui criada com tudo o que tinha direito,tenho uma irmã adotiva que é sem duvida quem eu mais amo além dos dois.Quando resolvi contar aos meus pais sobre minha sexualidade não sabia como fazer,não sabia o que falar,mas tinha certeza que precisava.Sempre fui um tanto inconsequente,minhas atitudes na época eram prova disso,eu estava disposta a mudar muito em troca de compreensão.Olhando em volta,vendo pais aceitarem os filhos acreditei que em casa também seria assim,eu ja estava enfrentando a sociedade,acreditava que meus pais me amavam mais do que qualquer coisa,e assim criei coragem.Nunca senti tanto desespero como naqueles segundos que seguiram a partir do momento que pedi aos dois que me ouvissem em silêncio até o fim,cada segundo era eterno,eu consegui ver nos olhos dos dois a reação de cada palavra,não durou mais que 1 minuto,mas foi o minuto mais longo que ja vivi.Se eu achava que ja tinha sofrido,aprendi que ver a decepção nos olhos dos pais é maior do que qualquer outra,ver rejeição é algo sem explicação.As horas seguintes foram eternas,a cada minuto minha vontade de viver era menor,meu desespero era maior.Decidi que não queria continuar,comecei a querer castigar meus pais pela dor que eu estava sentindo,a dor que encontrei procurando a verdade,não entendia tamanha revolta se eu continuava ali,era a filha,a menina que até então era o orgulho.Eu queria morrer e estava disposta a isso,me tranquei com uma garrafa de HCL e 3 vezes levei a boca,mas em cada uma delas sem querer idéias de que eu era mais forte e superaria isso vieram em mente,e eu acreditei nelas. (...)